sábado, 18 de dezembro de 2010

Mapeando...

Durante muito tempo, quis ser a montanha
Mal sabia que para chegar ao alto não precisava negar as asas
A ilusão de que a força estaria nas bases sólidas e não na capacidade de ser suave e leve

Ah! As pernas não são mais frágeis
Robustas, capazes de correr, mas não de voar!
O peito continua leve, impelido a abrír-se
Pernas de Rocha e peito de Vento!
Uma Quimera como outra qualquer cada dia mais
Dessignificado

Quis chegar até o topo da montanha
E lá...
Um vale, um lago, um deserto, um vulcão, uma cidade, um templo, o mar!
Daqui de cima vê-se tanto
Tanto para mapear

Nesse momento, ser cuidadoso e curioso
Preenchido pelo profundo ar da montanha
Contemplando o imenso horizonte que chama tantas vezes!
Ingênuamente mapear
com a tola pretensão de que eles serão os mesmos

Sabiamente para-se sentindo o prazer
Na montanha!
Em vão a vida mapear, tampouco os sentimentos

Aqui, chegar por apenas caminhar
Agora, cansado
Quando quiser novamente andar
Se um poço ou oasis chegar
Pode sempre ir

Mas mapeando se vive
Mapeando se sonha
Mapeando encontra-se um desejo de ir

Eu, vou aberto, disposto a encontrar novos lugares que passaram ilesos aos meus mapas!